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o mais certo nas horas incertas

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Eis que, segunda-feira abro meu email e me surpreendo: Nervoso em Porto Alegre? Li o email com calma para me certificar que, algo que esperei por mais de 5 anos, iria se concretizar assim, quase que sem valor nenhum por parte da produção da casa. Nervoso não merecia isto, mas era verdade! Ele tocaria no Long Play.

Enfim, após um atraso pouco irritante, Nervoso sobe ao palco para falar de… amor?

Amor partido, dividido, sofrido… Nervoso é mestre quando o assunto é “sai pra lá e não me incomoda”. Guarda a melancolia na gaveta, veste o casaco xadrez e ri da própria aflição.

Nervoso é mestre em fazer as pessoas rirem dos piores sentimentos amorosos. “Já desmanchei minha relação” talvez seja o melhor exemplo de que não é necessário remédio para a dor.

Deixando de lado que portoalegrense ainda não aprendeu a divulgar eventos, Nervoso provou para Porto Alegre que uma pessoa sorrindo vale por um milhão, e que Frank Jorge é o mais certo nas horas incertas.

Agora ninguém chora mais…

Texto: Thiago Piccoli

Foto: Laura de Marco

outubro 8, 2009 Posted by | Uncategorized | , | Deixe um comentário

Um talento sem um fim

Consagrada na cena musical portoalegrense, a banda Pública inicia 2009 mostrando ao mundo por que veio

São 23h do dia 05 de março de 2009, e a noite anuncia: ídolos da nova década estão nascendo. O Porão do Beco é palco de uma festa única e histórica, e testemunha a consolidação da Pública como um dos maiores nomes do Rock Latinoamericano dos próximos anos. O show de lançamento de “Como num filme sem um fim”, segundo disco da banda, foi repleto de convidados, regado a um coquetel delicioso, e o principal: rock n´roll na sua melhor forma.

A Pública foi fundada em 2001, e após um EP fantástico, que continha apenas 5 músicas, lançou em 2006 o supercultuado primeiro disco “Polaris”, pelo selo paulista Mondo 77, que fez com que a banda arrancasse elogios das melhores revistas de música do país, e empilhasse toneladas de fãs de Oiapoque a Chuí.

Em uma época onde os ‘mods’ perambulavam pelas ruas de Porto Alegre, anunciando uma moda que estaria por vir, os guris da Pública continuaram vestindo seus jeans, e provando através de belas canções que a Londres dos anos 1990 era ali na Independência. A banda foi contra todas as tendências urbanas que os cercavam e mostrou personalidade forte em um som influenciado basicamente por Stone Roses, Radiohead e David Bowie, mas sem perder a veia Beatle que todo bom músico tem. Prova desta dedicação, foi o confinamento pelo qual passaram os cinco integrantes mais o produtor Marcelo Fruet, durante vários dias de 2007 e 2008 em um sítio em Três Coroas onde, com muita concentração, gravaram o segundo disco com qualidade e identidade de gente grande.

O show de lançamento foi apenas para convidados, que fizeram relembrar os bons tempos do Beco, onde todo mundo se encontrava. A banda subiu ao palco por volta de 01h, executou todas as músicas do novo disco, que já contava com coro do público, e um acompanhamento de metais de deixar qualquer um de queixo caído. O disco pode ser ouvido por completo em http://www.publicaoficial.com, e é a melhor prova de que o Rock Gaúcho ainda vai conquistar o mundo, definitivamente.

BOXX

Hoje a banda comemora quatro indicações ao Prêmio Açorianos de Música / Gênero Pop Rock:

– Compositor: Pedro Metz – CD Como Num Filme Sem Fim

– Intérprete: Pedro Metz – CD Como Num Filme Sem Fim

– Instrumentista: Guri Assis Brasil – CD Como Num Filme Sem Fim

– Disco: Como Num Filme Sem Fim – Banda Pública

A premiação ocorre dia 28 de abril no Theatro São Pedro.

BOXX

março 18, 2009 Posted by | beatles, porto alegre, radiohead | 1 Comentário

david lynch transcendental

foto: thiago piccoli

Conhecer David Lynch foi tri legal, mas falar sobre meditação transcendental não é minha praia.

agosto 20, 2008 Posted by | david lynch, porto alegre | Deixe um comentário

wim wenders e aprendenders

foto: thiago piccoli

O que esperar de alguém nascido em uma cidade tão pertinente ao
imaginário cinéfilo? Wim Wenders nada tem a ver com aquele “vampiro”
retratado por Fritz Lang em 1931, mas parece que das esquinas
arruinadas pela II Guerra ele respirou algum pó. Ele é sarcástico,
otimista em relação ao futuro do Cinema, devagar como seus filmes e
muito antenado. Apreciador do café e defensor fiel do filme de autor,
Wenders veio ao Rio Grande do Sul semana passada e palestrou no evento
Fronteiras do Pensamento Copesul Braskem, onde falou sobre escolas de
arte, críticas cinematográficas e ainda ganhou uma camisa do
Internacional com seu nome. Wenders é fã de futebol, e disse ser
torcedor do Fortuna Dusseldorf, time com as mesmas cores do Inter. “10
é um número bom”.

E 10 é o mínimo de nota que pode-se dar a seus filmes. Para ele, é 9.
Dono de uma inquietação inspiradora, o alemão não se acha perfeito e
nem o quer ser, e muito menos quer que falem que ele é. Pois é com as
críticas que Wenders menos se preocupa. Admite que não as lê quando
lança algum filme pois, quando um ser humano lê críticas positivas se
sente superior, e quando lê críticas negativas, desanima. Ele prefere
ouvir sua própria voz, e repassa esta tranquilidade a seus alunos da
Hochschule für Bildende Künste (Escola Superior de Artes Plásticas) em
Hamburgo. “Algumas escolas de Cinema ensinam uma receita de sucesso
aos futuros cineastas, ameaçando-os de que, se não seguirem aquela
receita, seus filmes não farão sucesso. Na minha aula, digo para meus
alunos ouvirem a voz de dentro de si, e depois, apenas dou os recursos
para que façam o que quiserem. Talvez nem queiram ser cineastas”.
Wenders também incentiva a utilização de novos recursos no Cinema,
pois possibilita cineastas de baixo orçamento exporem suas idéias.
Principalmente os documentaristas: “O digital é ideal para toda uma
nova geração de documentaristas”, defende.

Sobre o Brasil, Wenders é perguntado se assistiu ‘Tropa de Elite’.
Rapidamente ele responde: “Nunca ouvi falar”. Em contrapartida,
lembrou que conheceu pessoalmente Glauber Rocha, é fã de “Terra em
Transe” e gosta de todos os filmes de Walter Salles e Fernando
Meirelles.

Nós, brasileiros, nos superestimamos demais, e realmente, a negativa
de Wenders em relação à Tropa é um sinal do nosso pleno deslumbre
cinematográfico. Até li em uma revista nacional esta semana: ‘NY
aplaude Cinema brasileiro’. Daí, vem a linha de apoio, em arial 10:
‘Maria Rita e elenco do filme Os Desafinados…’ É assim que vêem
nosso “Cinema”: um carrossel de abobrinhas tropicais. Pelo menos Wim
Wenders conhece Walter Salles, e brinca que só toma conhecimento das
críticas brasileiras quando Salles as lê para ele, pois ele
assumidamente não entende nada de português.

E o mestre não pára. Este ano, prevê o lançamento de ‘The Palermo
Shooting’, filme que mostra em tom de humor negro a história de um
fotógrafo que é seguido pela morte personificada, após ela descobrir
ter sido fotografada por ele. O alemão explica que a maioria de seus
filmes tem caráter road movie, pois ele sempre demonstrou uma vontade
imensa de conhecer as pessoas do mundo. “Minha profissão é viajar. Às
vezes brinco de fotógrafo e cineasta”, satiriza. “E também o tema da
morte é engraçado. As pessoas assistem filmes onde morrem pessoas por
todos os lados mas, quando se fala sobre a morte, quando se expõe o
tema ‘morte’, as pessoas ficam chocadas e detestam o filme”.

Viva Fellini, Viva Godard, Vivre Sa Vie, Viva Wenders!

agosto 20, 2008 Posted by | festival de gramado, porto alegre, wim wenders | 1 Comentário

bob dylan em punta del este

bob dylan em punta del este

Punta del Este amanheceu quente em 20 de Março, com um vento gelado. Nas ruas a paisagem estava modificada pela presença de mockers que se esparramavam pelas calçadas aguardando a hora do show. No hotel onde Dylan estava hospedado, tudo estava tranquilo, algumas vans estacionadas, passarinhos cantando e recepção vazia. Poucos indícios de que naquela noite haveria um grande concerto de blues naquele pequeno balneário, e o responsável seria ninguém menos que o pai do folk e aquele que apresentou as drogas aos Beatles. Dylan tem se preocupado muito com a imagem: nada de câmeras, nada de visitas, nada de autógrafos e cartazes somente com fotos da década de 60 e 70. Sorte nossa que ele ainda se preocupa com a música. Embora tenha perdido a voz em algum bar por aí, ele mostrou muita vitalidade e um sangue doce dopado de country-blues-folk, inseparáveis nas duas horas de show. Ele não poupou canções antigas como “Rainy Day Women #12 e 35”, “Hard Rain´s A Gonna Fall” e a mais cantada pelo público “Like a Rolling Stone”, como também músicas mais recentes como a vencedora do Grammy “Love Sick”, de 1997. Dylan sorria e dançava muito apoiado no seu pianinho. Tocou guitarra apenas nas três primeiras músicas: “Cat´s In The Well”, “Lay, Lady, Lay” e “Watching The River Flow”. O ponto alto da noite, e também o momento que enlouqueceu os seguranças do Conrad, foi “Highway 61 Revisited”, onde a platéia não se segurou, jogou as cadeiras pro alto e fez da pista um grande salão de dança, apertando os sapatos, dançando blues e gritando “Olê Olê Olê Dylan!! Dylan!!”. Claro que, educadamente, compreendidas as restrições do Hotel Conrad, a platéia se divertiu muito, em um show muito confortável, baratíssimo (US$ 33 – enquanto no Brasil variou entre R$ 400 e R$ 900) e sem tumulto nenhum. Coisas que dificilmente se vê aqui no Brasil. Obrigado aos vizinhos uruguaios por manterem viva a alma da música, encarnada sob o chapéu tipo Bob Dylan.

março 27, 2008 Posted by | bob dylan, punta del este | | Deixe um comentário

o final é delas!

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As mulheres são românticas, sensíveis, alegres, dedicadas, sinceras… um típico final feliz de um filme de amor. Repetindo: Mulheres são um típico final feliz de um filme de amor. Só para citar algumas: Miranda July, Eliane Caffé, Lúcia Murat, Lucélia Santos, Julie Taymor e Sofia Coppola estão entre os principais nomes do Cinema mundial, podendo até serem comparadas a Eduardo Coutinho, Gus Van Sant, Wong Kar-Wai, entre outros representantes do lado masculino. A 31ª Mostra Internacional de São Paulo está terminando e quem chega na final, soberanas como sempre, são elas: as mulheres!Segundo a assessoria de imprensa da Mostra, dez filmes foram escolhidos pelo público para compor a lista dos finalistas (lista abaixo). Neste domingo (28) foram apresentados em entrevista coletiva quatro dos cinco jurados que escolherão o vencedor da Competição Novos Diretores. A diretora Lúcia Murat, que participa este ano da Mostra com Maré, Nossa História de Amor, agradeceu o convite para participar do júri e valorizou o intercâmbio com outros diretores estrangeiros que a Mostra promove. Para a atriz e diretora Inês de Medeiros, a Mostra “ganhou todos os títulos de nobreza pela abrangência e grandiosidade das obras presentes em todos esses anos de existência.” Ela também integra a Mostra com o documentário Cartas a uma Ditadura.

O senegalês Moussa Sene Absa, que também participa nessa 31ª edição com o longa Teranga Blues, destacou a necessidade de se criar uma ponte de ligação entre o cinema do Brasil e o da África. “Ainda não é uma porta, mas é uma janela que se abre”, agradeceu. Depois de não atender a convites anteriores por falta de tempo, o japonês Hirokazu Kore-eda afirmou estar feliz com a vinda a São Paulo com seu novo filme, Hana. Ele aproveita a viagem e fará contatos para o longa que pretende rodar em São Paulo sobre a situação da colônia japonesa durante a Segunda Guerra no Brasil. “Acredito que apenas em três anos conseguiremos reunir os fundos necessários para iniciar as filmagens”, comentou.

O fato de quatro dos dez filmes finalistas terem sido dirigidos por mulheres levantou a questão da representatividade feminina no cinema. “Acho que, por termos chegado mais tarde ao cinema e sermos mais subversivas, estamos ocupando um espaço que não existia”, afirmou Lúcia. Já para Inês, a tendência natural é não haver mais divisões e o cinema ser feito igualitariamente por homens e mulheres. Ao entrar no mérito da questão, Absa usou como exemplo Madame Brouette (2002), filme que ele dirigiu e que algumas pessoas pensaram ter sido realizado por uma mulher. “Eu fui criado cercado de mulheres e aprendi que a sensibilidade do olhar feminino não pertence apenas a elas”, disse. “Ser humano é ser homem e mulher”, completou.

Questionados sobre quais os critérios que adotam para eleger um bom filme, a resposta mais contundente e complexa, concordada com os demais, foi a do diretor senegalês: “Um bom filme dá os olhos para que um cego veja uma história e a compreenda completamente”.

Filmes finalistas:

A CASA DE ALICE (ALICE’S HOUSE), de Chico Teixeira / BRASIL
CORPO (BODY), de Rossana Foglia e Rubens Rewald / BRASIL
EL ORFANATO (THE ORPHANAGE), de Juan Antonio Bayona / ESPANHA
IRINA PALM (IRINA PALM), de Sam Garbarski / BÉLGICA, LUXEMBURGO, INGLATERRA, ALEMANHA, FRANÇA
LONGE DELA (AWAY FROM HER), de Sarah Polley / CANADÁ
O ANO DO PEIXE (YEAR OF THE FISH), de David Kaplan / EUA
O BANHEIRO DO PAPA (THE POPE’S TOILET), de Enrique Fernández, César Charlone / BRASIL, URUGUAI, FRANÇA
POSTALES DE LENINGRADO (POSTCARDS FROM LENINGRAD), de Mariana Rondón / VENEZUELA
TRUQUES (TRICKS), de Andrzej Jakimowski / POLÔNIA
XXY, de Lucia Puenzo / ARGENTINA, ESPANHA

O júri oficial, que se completa ainda com Férid Boughédir, analisará os finalistas pelo voto do público na categoria Ficção (lista acima). Este ano foi estabelecido um júri especial que julgará os cinco documentários mais votados dentro da mesma Competição Novos Diretores. Este júri está formado pelo cineasta Cao Hamburger (de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias), Maria Ângela de Jesus (diretora de produção da HBO Latin America) e o crítico Rubens Ewald Filho, mediador de muitos dos debates que estão acontecendo no Clube da Mostra. A relação dos documentários finalistas:

Filmes finalistas:

A GRANDE LIQUIDAÇÃO (THE BIG SELLOUT), de Florian Opitz / ALEMANHA
MEU BRASIL (MY BRAZIL), de Daniela Broitman / BRASIL
O FILME DA RAINHA (THE QUEEN’S MOVIE), de Sergio Mercurio / ARGENTINA
SCREAMERS (SCREAMERS), de Carla Garapedian / REINO UNIDO, EUA
TRANSFORMARAM NOSSO DESERTO EM FOGO (THEY TURNED OUR DESERT INTO FIRE), de Mark Brecke / SUDÃO, CHADE, EUA

outubro 29, 2007 Posted by | césar troncoso, eduardo coutinho, el baño del papa, eliane caffé, gus van sant, julie taymor, lúcia murat, lucélia santos, miranda july, mostra internacional de são paulo, sofia coppola, wong kar-wai | Deixe um comentário

a cicatriz de sly

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Pra quem achava que os músculos de Stallone haviam sido fruto do personagem Rocky, este lançamento em DVD acaba com todas as suas dúvidas. O lutador começou sua malhação já em 1970, fazendo sua estréia no Cinema atuando no filme “O Garanhão Italiano”, um pornô quase trash que vai arrancar boas risadas dos fãs das série de Balboa.  Neste seu primeiro “serviço”, Stallone recebeu um cachê tímido de 200 dólares, e trabalhou dois dias inteiros. Devem ter sido exaustivos os sets de filmagem, e continua exaustivo, porém agora para o espectador. Vale a pena o registro, já que está sendo lançado somente agora em DVD, para que os fãs do ator conheçam os primórdios de sua carreira. Aliás, é sempre duro o início de carreira. E para quem tiver paciência (essa tem que ser muito fã mesmo!), dá para conferir o tamanho real da cicatriz que nosso amigo Sly tem na coxa esquerda. Arqueológico, não?

outubro 25, 2007 Posted by | sylvester stallone | 3 Comentários

love is all we need

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A nova aposta de Julie Taymor é tudo aquilo que qualquer beatlemaníaco sempre imaginou fazer, mas sabe-se lá por que até hoje ninguém o fez: transformar as letras da banda mais influente de todos os tempos em roteiro cinematográfico. Não é o máximo? É o máximo e já é realidade. Taymor não poupou homenagens aos garotos de Liverpool neste musical que conta com as especialíssimas participações de Joe Cocker (cantando “Come Together” e interpretando um cafetão, um mendigo e um hippie) e Bono Vox no papel de Dr Robert, cantando “I Am The Walrus”. Para os beatlemaníacos, nada melhor do que ver com os próprios olhos lendários nomes que aparecem nas músicas. Quem assistiu ao “Anthology” sabe de quem se trata um ou outro. Mas para quem não assistiu e ainda fica imaginando quem sejam, “Across the Universe” é uma boa pedida para testar a imaginação e sentir se o Dr Robert, a Prudence, o Mr Kit, o solitário Jo-jo, a sexy Sadie e outros são como se imaginava. Falando em Sadie, estranho não aparecer a música “Sexy Sadie” na trilha sonora, já que a personagem canta “Why Don´t We Do It In The Road?” em uma festa. O filme conta a história de Jude (Jim Sturgess), um rapaz de Liverpool que vai para os Estados Unidos em busca de aventura e autoconhecimento e acaba por conhecer Lucy (Evan Rachel Wood). Eles criam uma relação de amizade tal qual John e Paul, e assim a trama se desenvolve baseada nas letras dos Beatles. O longa-metragem estreou no Brasil esta semana, durante a 31ª Mostra de São Paulo. Viver não é tão fácil com os olhos fechados, ainda mais quando são seduzidos por imagens que remetem aos Beatles. E o amor, sempre o amor é tudo que você precisa.

outubro 25, 2007 Posted by | beatles, julie taymor, mostra internacional de são paulo | Deixe um comentário

sambando em terra úmida

foto: lauro maia

Vitor Ramil esteve em Pelotas na última terça-feira para divulgar seu mais recente disco, Satolep Sambatown. Ao lado de Marcos Suzano, Vitor continua a cantar sua terra, ou sua invenção Satolep (uma brincadeira com o nome de Pelotas, um outro espaço criado pelo músico). O percussionista carioca, na sua vez, mantém o pé na cidade maravilhosa, apresentando ao público uma mistura inédita e permeada pelo experimentalismo subtropical e tropical, respectivamente. O show foi marcado pela volta da canção “Joquim” ao repertório, tão característica da vizinha Pelotas, tão característica dos gaúchos. Joquim foi um herói, que caiu no esquecimento. Para o centenário de nascimento de Joaquim Fonseca, que ocorrerá em 2009, um documentário está sendo realizado por um pesquisador rio-grandino, a partir de relatos da família, fotografias e plantas da época. Tudo para transformar a Satolep de Vitor em imagens. Quanto ao disco, que já está nas lojas, a produção ficou por conta dos próprios músicos, assim como a execução de todos instrumentos. Jorge Drexler aparece cantando pela primeira vez em português na faixa “A Zero por Hora”. Não há dúvidas de que Vitor Ramil e Marcos Suzano estão entre os artistas mais refinados da nova geração da MPB, basta o público geral ouvir para crer. E Satolep Sambatown reúne em um único disco toda a genialidade e proximidade criativa destes dois grandes músicos que, devido a distância geográfica, raramente podem se encontrar.

outubro 24, 2007 Posted by | joquim, marcos suzano, pelotas, satolep, vitor ramil | 1 Comentário

a morte dos hellacopters

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 Nick Royale tocando no Brasil em 2003

É sempre triste saber que uma banda que preserva as raízes do rock n´roll, decide pôr fim às suas atividades. Os motivos podem variar, desde ciúmes, até ganância. Este tipo de prática já foi bem retratado no Cinema, em filmes como “A Estrada do Rock”, “Quase Famosos”, e outros. Mas quando acontece na vida real, resta a lembrança, e pra quem viu a banda ao vivo, saudade. Este ano, após a notícia do fim do Los Hermanos, o rock perde mais um filho ilustre. A banda sueca Hellacopters, através de seu líder e vocalista Nick Royale, anunciou o encerramento das atividades em uma nota de despedida, publicada no site oficial da banda: “Após quase treze anos estamos tristes em comunicar que estamos nos separando. As razões para isto são muito pessoais para serem explicadas aqui. Tocar em uma banda de Rock´N´Roll nem sempre é como caminhar no parque, mas agradecemos a todos que nos apoiaram por todos estes anos, seja indo a pequenos clubes, festivais chuvosos ou em casa ouvindo nossos discos, foi uma viagem fantástica, nunca esqueceremos de vocês. Recentemente finalizamos a mixagem de nosso sétimo e último trabalho de estúdio, que será lançado no início do próximo ano, conforme nossos planos iniciais. Sentimos que devemos ao menos dizer um último adeus a vocês, então estamos agendando uma turnê de despedida pela Europa e Escandinávia, de forma que vocês ainda não vão se livrar de nós”. O Hellacopters surgiu em 1994, e sem pretensão nenhuma conquistaram os ouvidos do mundo inteiro. Nick Royale (na época baterista do Entombed) chamou alguns amigos para tocar covers de Stooges e MC5, e resolveram levar a jam session a sério. Já em 1996, lançam o primeiro disco, “Supershitty to the Max!”. Em 2000, o quarto disco “High Visibility”, contendo o hit “Toys & Flavors” é o disco definitivo e que dá Alta Visibilidade mundial à banda. Em 2003, os Hellacopters fizeram sua primeira turnê pelo Brasil, abrindo os shows do Deep Purple e lançando o disco “By The Grace of God”. Foi a única chance para vermos eles ao vivo. O show em Porto Alegre lotou o Gigantinho, e muitos garantem que, mesmo respeitando a lenda Deep Purple, foram lá só para conferir a nova sensação Hellacopters. Mas nem tudo é tristeza. Como anunciado na nota de despedida, os Hellacopters estão mesmo preparando um álbum, sétimo e último, para 2008. Basta esperar e ouvir o último grito, destes que são considerados os Stooges da virada do século.

outubro 20, 2007 Posted by | hellacopters | 1 Comentário