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o final é delas!

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As mulheres são românticas, sensíveis, alegres, dedicadas, sinceras… um típico final feliz de um filme de amor. Repetindo: Mulheres são um típico final feliz de um filme de amor. Só para citar algumas: Miranda July, Eliane Caffé, Lúcia Murat, Lucélia Santos, Julie Taymor e Sofia Coppola estão entre os principais nomes do Cinema mundial, podendo até serem comparadas a Eduardo Coutinho, Gus Van Sant, Wong Kar-Wai, entre outros representantes do lado masculino. A 31ª Mostra Internacional de São Paulo está terminando e quem chega na final, soberanas como sempre, são elas: as mulheres!Segundo a assessoria de imprensa da Mostra, dez filmes foram escolhidos pelo público para compor a lista dos finalistas (lista abaixo). Neste domingo (28) foram apresentados em entrevista coletiva quatro dos cinco jurados que escolherão o vencedor da Competição Novos Diretores. A diretora Lúcia Murat, que participa este ano da Mostra com Maré, Nossa História de Amor, agradeceu o convite para participar do júri e valorizou o intercâmbio com outros diretores estrangeiros que a Mostra promove. Para a atriz e diretora Inês de Medeiros, a Mostra “ganhou todos os títulos de nobreza pela abrangência e grandiosidade das obras presentes em todos esses anos de existência.” Ela também integra a Mostra com o documentário Cartas a uma Ditadura.

O senegalês Moussa Sene Absa, que também participa nessa 31ª edição com o longa Teranga Blues, destacou a necessidade de se criar uma ponte de ligação entre o cinema do Brasil e o da África. “Ainda não é uma porta, mas é uma janela que se abre”, agradeceu. Depois de não atender a convites anteriores por falta de tempo, o japonês Hirokazu Kore-eda afirmou estar feliz com a vinda a São Paulo com seu novo filme, Hana. Ele aproveita a viagem e fará contatos para o longa que pretende rodar em São Paulo sobre a situação da colônia japonesa durante a Segunda Guerra no Brasil. “Acredito que apenas em três anos conseguiremos reunir os fundos necessários para iniciar as filmagens”, comentou.

O fato de quatro dos dez filmes finalistas terem sido dirigidos por mulheres levantou a questão da representatividade feminina no cinema. “Acho que, por termos chegado mais tarde ao cinema e sermos mais subversivas, estamos ocupando um espaço que não existia”, afirmou Lúcia. Já para Inês, a tendência natural é não haver mais divisões e o cinema ser feito igualitariamente por homens e mulheres. Ao entrar no mérito da questão, Absa usou como exemplo Madame Brouette (2002), filme que ele dirigiu e que algumas pessoas pensaram ter sido realizado por uma mulher. “Eu fui criado cercado de mulheres e aprendi que a sensibilidade do olhar feminino não pertence apenas a elas”, disse. “Ser humano é ser homem e mulher”, completou.

Questionados sobre quais os critérios que adotam para eleger um bom filme, a resposta mais contundente e complexa, concordada com os demais, foi a do diretor senegalês: “Um bom filme dá os olhos para que um cego veja uma história e a compreenda completamente”.

Filmes finalistas:

A CASA DE ALICE (ALICE’S HOUSE), de Chico Teixeira / BRASIL
CORPO (BODY), de Rossana Foglia e Rubens Rewald / BRASIL
EL ORFANATO (THE ORPHANAGE), de Juan Antonio Bayona / ESPANHA
IRINA PALM (IRINA PALM), de Sam Garbarski / BÉLGICA, LUXEMBURGO, INGLATERRA, ALEMANHA, FRANÇA
LONGE DELA (AWAY FROM HER), de Sarah Polley / CANADÁ
O ANO DO PEIXE (YEAR OF THE FISH), de David Kaplan / EUA
O BANHEIRO DO PAPA (THE POPE’S TOILET), de Enrique Fernández, César Charlone / BRASIL, URUGUAI, FRANÇA
POSTALES DE LENINGRADO (POSTCARDS FROM LENINGRAD), de Mariana Rondón / VENEZUELA
TRUQUES (TRICKS), de Andrzej Jakimowski / POLÔNIA
XXY, de Lucia Puenzo / ARGENTINA, ESPANHA

O júri oficial, que se completa ainda com Férid Boughédir, analisará os finalistas pelo voto do público na categoria Ficção (lista acima). Este ano foi estabelecido um júri especial que julgará os cinco documentários mais votados dentro da mesma Competição Novos Diretores. Este júri está formado pelo cineasta Cao Hamburger (de O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias), Maria Ângela de Jesus (diretora de produção da HBO Latin America) e o crítico Rubens Ewald Filho, mediador de muitos dos debates que estão acontecendo no Clube da Mostra. A relação dos documentários finalistas:

Filmes finalistas:

A GRANDE LIQUIDAÇÃO (THE BIG SELLOUT), de Florian Opitz / ALEMANHA
MEU BRASIL (MY BRAZIL), de Daniela Broitman / BRASIL
O FILME DA RAINHA (THE QUEEN’S MOVIE), de Sergio Mercurio / ARGENTINA
SCREAMERS (SCREAMERS), de Carla Garapedian / REINO UNIDO, EUA
TRANSFORMARAM NOSSO DESERTO EM FOGO (THEY TURNED OUR DESERT INTO FIRE), de Mark Brecke / SUDÃO, CHADE, EUA

outubro 29, 2007 Posted by | césar troncoso, eduardo coutinho, el baño del papa, eliane caffé, gus van sant, julie taymor, lúcia murat, lucélia santos, miranda july, mostra internacional de são paulo, sofia coppola, wong kar-wai | Deixe um comentário

love is all we need

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A nova aposta de Julie Taymor é tudo aquilo que qualquer beatlemaníaco sempre imaginou fazer, mas sabe-se lá por que até hoje ninguém o fez: transformar as letras da banda mais influente de todos os tempos em roteiro cinematográfico. Não é o máximo? É o máximo e já é realidade. Taymor não poupou homenagens aos garotos de Liverpool neste musical que conta com as especialíssimas participações de Joe Cocker (cantando “Come Together” e interpretando um cafetão, um mendigo e um hippie) e Bono Vox no papel de Dr Robert, cantando “I Am The Walrus”. Para os beatlemaníacos, nada melhor do que ver com os próprios olhos lendários nomes que aparecem nas músicas. Quem assistiu ao “Anthology” sabe de quem se trata um ou outro. Mas para quem não assistiu e ainda fica imaginando quem sejam, “Across the Universe” é uma boa pedida para testar a imaginação e sentir se o Dr Robert, a Prudence, o Mr Kit, o solitário Jo-jo, a sexy Sadie e outros são como se imaginava. Falando em Sadie, estranho não aparecer a música “Sexy Sadie” na trilha sonora, já que a personagem canta “Why Don´t We Do It In The Road?” em uma festa. O filme conta a história de Jude (Jim Sturgess), um rapaz de Liverpool que vai para os Estados Unidos em busca de aventura e autoconhecimento e acaba por conhecer Lucy (Evan Rachel Wood). Eles criam uma relação de amizade tal qual John e Paul, e assim a trama se desenvolve baseada nas letras dos Beatles. O longa-metragem estreou no Brasil esta semana, durante a 31ª Mostra de São Paulo. Viver não é tão fácil com os olhos fechados, ainda mais quando são seduzidos por imagens que remetem aos Beatles. E o amor, sempre o amor é tudo que você precisa.

outubro 25, 2007 Posted by | beatles, julie taymor, mostra internacional de são paulo | Deixe um comentário